[Tag] Trinca de Leitura

Alô Alô.

Chegamos para a primeira tag a ser respondida aqui no Nem Te Conto. É uma forma de falar um pouco mais sobre o que gostamos ou desgostamos e também esperar pelas respostas de vocês. Então, por favor, todos fofocando nos comentários?!?

Conheci essa tag no Cafeína Literária, que por sua vez retirou a tag do blog O Espanador. São três perguntas que devem ser respondida com uma trinca de escritores, bora?

1. Quais autores/obras se envergonha de ainda não ter lido? Ou ainda não leu direito?

Existia grande possibilidade de essa lista durar algumas semanas para ser lida, se parasse pra pensar sobre a pergunta por 30 minutos. Por isso, vou responder com os três que me ocorrem de imediato.

Jane Austen

A escritora inglesa mais conhecida e comentada. Exagero? Acho que não, já que a importancia da tia Jane na temática “importância da mulher na sociedade” e a ironia que utilizava em seus romances são fatores tão reconhecidos ainda hoje. Dos seus romances mais famosos não li nenhum, ainda. Conheci apenas Emma, que dizem ser o “menos bom” e mesmo assim gostei bastante da leitura. É realmente uma vergonha não conhecer ainda tudo que ela escreveu.

Liev Tolstói

De uma inglesa para o escritor russo mais respeitado da história,  cara que escreveu livros como Anna Karenina, Guerra e Paz e A Morte de Ivan Ilitch. Tenho um desejo insano de ler esses livros, a única explicação plausível para ainda não ter lido é o medo de não reconhecer toda a beleza da obra ou  mesmo não gostar. Será possível isso?

Clarice Lispector

 Reconheço que nunca li nada da Ucraniana mais Brasileira de todas. Como com ela parece ser ame ou odeie, sempre fiquei na dúvida e acabei não conhecendo nada dela até hoje. Mais uma vergonha. Uma dica de por onde começar?

2. Quais autores/obras “destoam” sua biblioteca de leituras?

Marian Keyes

Não costumo ler muito chick-lit, da autora mesmo só conheço Melancia – sua obra mais famosa – mas esses livros enormes e coloridos continuam na minha estante para quando aparecer uma ressaca literária e eu precisar de algo mais leve ou mesmo quando der vontade de voltar ao mundo de mulherzices criado pela autora.

Rick Riordan

Tenho dois livros do autor aqui em casa, porque peguei emprestado do meu irmão e  nunca devolvi, rs. O Ladrão de Raios e O Mar de Monstros estão aqui me esperando pra conhcer mais do Titio Rick e acabo protelando isso cada dia mais pra frente. Por ser um livro de aventura juvenil, vou deixando pra quando precisar de uma leitura levinha mas vão aparecendo tantas paixões e panz :)

 #OffTopic  *Muita atenção à falta de vontade da modelo em trabalhar rsrs* Fui tirar foto do livro e essa lindeza se instalou ao lado do computador, eu disse “Voilá” rs. Só que ela também não quis muito saber de papo e acabou sendo uma foto com pouca luminosidade e nenhum amor da parte felina (:  *Mesmo assim é linda*

Li muito sobre o livro de Ian Kershaw na época de seu lançamento no Brasil, pela Companhia das Letras, e fiquei louca por ele até que o adquiri. Mas depois do primeiro contato e daquela paixão saciada, nosso relacionamento acabou esfriando. Explico: não sou muito amante de biografias, mas esta de Hitler é simplesmente linda e muito bem feita. Um dia vamos nos encontrar e sermos felizes, por enquanto é apenas um amor platônico e um livro que realmente destoa na minha ~minúscula~ biblioteca.

3. Quais autores/obras dá um trabalho hercúleo não gostar?

Não é que queira roubar ao 45 minutos do segundo tempo na tag, mas essas obras tem características semelhantes que precisei incorporar para uma resposta só. Marley & Eu e Um Gato de Rua Chamado Bob são daqueles livros que, mesmo que você não goste de animais domésticos, vão te emocionar pelo exemplo de confiança, amor incondicional e devoção que esses pequenos dão. Amei ambos de uma maneira especial e, mesmo tendo lido cada um deles com quase cinco anos de diferença, pra mim sempre serão livros exemplos para indicação.

Agatha Rainha do Crime Christie

Muitos anos atrás, devorei toda a sessão dos livros dessa diva, na biblioteca municipal na minha pequena cidade. Mesmo que alguns digam que os seus livros são carregados de mesmices, continuo amando seus casos de investigação, adorando Mousieur Hercule Poirot e nunca consegui descobrir o assassino antes do final do livro. Excelente lembrança da minha adolescêscia. Agatha e seu famoso inspetor belga me ensinaram que “É Necessário ter Ordem e Método”. Não tem como não amar.

                                                                                                                               

Quadrinhos

Essa é uma paixão recente. Os quadrinhos sempre se resumiram à Turma da Mônica, quando pegava emprestado aqui e ali de alguma vizinha na infância, mas tenho conhecido algumas coisas simplesmente sensacionais por aí e, confesso, quero muito mais. Tantos livros bons como Persépolis e Frango com Ameixas, da Marjane Satrapi e seu traço maravilhoso ao contar suas histórias de infância, e V de Vingança e seu traço estranho. Não tem como detestar coisas assim.

Gostei dessa tag por ser diferente das que costumo encontrar por aí. Mais indicações?

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Roald Dahl)

Saudações achocolatadas, leitores do NTC!

É com muito prazer que hoje venho falar sobre um dos livros mais incríveis que já li. E não precisa de cupom dourado para ler o post rsrs vamos lá?

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory) foi escrito em 1964 pelo brilhante Roald Dahl (autor de Matilda, James e o Pêssego Gigante)... creio que quase todos conheçam a plot da trama (até porque me recuso a viver em um mundo onde as pessoas não conheçam, mesmo que através dos filmes, a história), mas mesmo assim aqui vai uma breve sinopse:

Depois de anos trabalhando de forma reclusa, a incrível fábrica de Chocolates Wonka finalmente abrirá as portas, mas não para qualquer um... apenas cinco felizardos, que encontrarem os cupons dourados distribuídos entre os chocolates Wonka, poderão conhecer as maravilhas da famosa fábrica (além de ganhar fornecimento de guloseimas para a vida toda!). Das cinco crianças sortudas, o pequeno e humilde Charlie Bucket é o último a achar o cupom, um verdadeiro milagre! Então Charlie, acompanhado do seu avô José, apresenta-se aos portões da fábrica Wonka, no dia 1 de fevereiro, para a maior aventura de sua vida!

Logo no começo somos apresentados à Charlie e sua família: os pais de Charlie, os avós maternos (Vovô Jorge e Vovó Jorgina) e os avós paternos (Vovô José e Vovó Josefina). Todo o sustento da família é provido pelo sr. Bucket, que trabalha em uma fábrica de pasta de dentes; a única cama da casa é ocupada pelos quatro velhinhos e a refeição de todos é basicamente sopa de repolho. A única vez na vida em que Charlie come chocolate é no seu aniversário, isso porque ele come um pedacinho por dia pra barra poder durar o máximo possível!

Após o anúncio da distribuição dos cupons dourados, a família de Charlie se enche de esperança, algumas tentativas foram feitas (uma no aniversário de Charlie e uma com o Vovô José), mas o grande milagre aconteceu quando Charlie realmente não esperava.

Uma coisa que não foi retratada nos filmes é o contexto em que Charlie encontrou o cupom. O Sr. Bucket perdera o emprego e a família começou a passar, ainda mais, necessidades... ao ponto em que Charlie estava ficando desnutrido; e  quando o garoto encontrou uma moedinha na rua e comprou o chocolate... a última coisa em que ele estava pensando era no cupom, o pobrezinho só queria matar a fome.

As demais crianças que acharam o cupom - Augusto Glupe com sua gula sem fim; Violeta Chataclete e sua mania de quebrar recordes de mastigação de chicletes (que ela gruda atrás da orelha quando não pode mascá-lo, sim... é O MESMO CHICLETE, nojenta); Veroca Sal, que só falta pedir os planetas pro pai dela e o cara atende a menina --'; e Miguel Tevel, que só quer saber de brincar e ver televisão - sofrem alguns acidentes (por inteira culpa delas) no decorrer do passeio na fábrica até que, ao final, só resta o sr. Wonka, Charlie e Vovô José... é aí que sr. Wonka dá uma notícia emocionante à Charlie.

No geral, os dois filmes retrataram bem o livro, só alguns pontos foram deixados de fora:

- A pobreza extrema da família de Charlie quando ele acha o cupom.

- A contratação dos Umpa-Lumpas.

E outros foram incluídos no filme:

- O tiozinho estranho - suposto espião - que conversou com todas as crianças antes delas irem pra fábrica pra pedir informações.

De fato, um cara fala com o Charlie logo que ele acha o cupom, oferecendo dinheiro e uma bicicleta para o garoto entregar o cupom, mas fora isso... nada mais aconteceu que tivesse ligação com esse personagem.

O capítulo da contratação dos Umpa-Lumpas é esplêndido!

Habitantes da Lumpalópolis, essas criaturinhas minúsculas estavam passando por momentos difíceis em sua terra natal, então o sr. Wonka - se aproveitando que os Umpa-Lumpas e alimentam, especialmente, de semente de cacal - propôs que todos (TODOS) fossem trabalhar em sua fábrica em troca de semente de cacal. "Posso até pagar seus salários em cacau, se vocês quiserem".

Os Umpa-Lumpas gostam de cantar, e entoam ótimas canções todas as vezes que acontecia tragédias com alguma criança rsrsrs

Canção sobre Violeta Chataclete

Apesar da escrita leve (adequada para o público infantil), Roald incute na história muuuitas alfinetadas! Especialmente através dos avós do Charlie, do sr. Wonka e pela canção dos Umpa-Lumpas. O autor consegue equilibrar o aspecto fantástico e a inocência do Charlie com o lado ~~real~~ da força (como as condições de pobreza que algumas crianças e famílias vivem, enquanto que outras tem tudo o que querem e não se cansam de pedir mais, muito menos dão valor). Charlie é a parte inocente e adorável do livro; os avós e o sr. Wonka são a parte sarcástica e cômica; as outras crianças e seus pais são a parte de dar raiva (rsrsrsrsrs) e os Umpa-Lumpas são a cereja do bolo (brilham, divam, dão um toque mais do que especial!).

Gosto bastante da história, sou apaixonada pelo filme (versão de 1971, always, nada contra Burton, Depp e cia, eu gosto deles... mas a versão de 1971 marcou minha infância, logo, carinho especial) e ler o livro foi uma experiência única!

A Fantástica Fábrica de Chocolate não é um livro fácil de se achar pelas livras (não as de Belém T.T), As edições que eu tenho são antigas (não gosto das capas atuais), da wmf Martins Fontes , que comprei pela Estante Virtual; mas vale MUITO à pena ter! É daqueles que você mal acaba de ler e já quer reler! Leitura mais do que indicada!

Observação: O livro tem uma continuação, chama-se Charlie e o Grande Elevador de Vidro, que já providenciei *hohohohohoho* e pretendo fazer um post sobre ele em breve ^^

Gostaria de dar uma barra de chocolate Wonka para cada um que leu o post (e cupom dourado pra quem comentar rsrsrsrs), mas como não posso... o que vale é a intenção.

Abraços!

[Manias de Leitor] O porquê de não produzir resenhas

As más ideias nunca chegam desacompanhadas

Zafón, Carlos Ruiz

Quando falam em blog, vlog ou podcast literário, já nos vem à cabeça inúmeros exemplos maravilhosos e só isso já seria pauta para horas de conversa agradável, mas o inverso também é verdadeiro. Um vendaval de canais foram formados recentemente, e como tudo na vida [como diria mamãe] tem os bons e os péssimos rondando por aí. O problema é que esse boom de gente falando a mesma coisa [só mudando de trás pra frente e de frente pra trás] acaba saturando toda e qualquer pessoas que deseje bons lugares para indicações ou para surtos de qualquer espécie que seja. Já vi inúmeras discussões sobre “quem tem cacife para falar de literatura” e até isso já está batido. Qualquer um, quanto leitor, pode e deve expressar sua opinião sobre o que leu ou deixou de ler e o porquê. Liberdade de expressão meus queridos, o direito máximo de todos os seres viventes desse país.

Sou grande consumidora de conteúdo sobre literatura, nas diferentes fontes em que se apresentem, desde que seja agradável e compatível com o que costumo ler/gostar/desejar, por isso trato/opino sobre esses temas como fã assídua e não como formadora desse conteúdo. Em suma, muito antes de vir falar sobre os livros que gostei ou desgostei já garimpava sobre isso nas mídias.

Mas e daí que estão de mimimi por conteúdo desagradável na blogosfera, Lilian? Isso não tem em qualquer lugar? – Eu me pergunto e logo em seguida respondo e explico.

Sim, só que essas discussões desnecessárias tem tido um efeito devastador na minha capacidade de julgamento de um livro, não pra reflexão e prazer na leitura, mas na capacidade de expressar isso de forma clara e sem ser mais do mesmo.

E daí que vem um cara muito phoda e, com jeitinho, me diz como não falar asneiras e chamar isso de resenha, ensina algumas técnicas e ~como se explicasse à uma criança abobalhada diante do bolo de 3 anos, na hora do parabéns, como se apaga a velinha~ me mostra que posso até vir a ter cacife para chamar de opinião válida o que escrevo, mas o caminho é bem mais longo [bitch].

Então/portanto/finalmente, não se trata de um adeus e não postarei mais por aqui. Não desistirei (jamais!) do meu prazer maior que é a leitura e tudo que ela me traz, mas chamarei de “opinião sincera”, ou ainda “meus achismos”, e vou tentando expressar da forma mais clara possível aquilo que achei dos livros que passaram por mim.

Não que vá conseguir em todos os casos, porque esse é o segundo ponto indiscutível do post: alguns livros se encontram muitos milhares de quilômetros acima da minha capacidade de explicar o que senti ao lê-los, deveriam antes serem canonizados e dedicados à algum local de adoração [beijos Zafón, querido]. Esperem de mim a mais límpida sinceridade, mas não ordem e método – como diria Poirot, da adorada Agatha Christie – ou mesmo coerência. A vida é assim, bem vindos ao Nem Te Conto.

Existe muita gente com talento e garra e muitos não chegam a lugar algum. Isso é o começo para se fazer qualquer coisa na vida.

O talento natural é como a força de um atleta. Alguém pode nascer com maior ou menor capacidade, mas ninguém chega a ser um atleta porque nasceu alto, forte ou rápido. O que faz o atleta, ou o artista, é o trabalho, o domínio do ofício e a técnica. A inteligência inata é simplesmente munição.

Zafón, Carlos Ruiz

Jane Eyre (Charlotte Brontë)

Minha edição 

Sou grande admiradora dos clássicos ingleses que li. Adoro essas prosas que respiram refinamento e polidez. Depois de muito ler Jane Austen, achei que não me surpreenderia por uma heroína forte e independente; estava enganada. "Jane Eyre" é um espelho para a força feminina, e não esqueça que estou falando do século XIX, onde essas proezas eram raras. 

“Jane Eyre” foi publicado em 1847 e Charlotte Brontë criou uma história fantástica, com muitos dramas e muito romance. E o que mais valorizei: nada muito "água com açúcar". 

A autora aborda temas como: loucura, violência, rancor e amor, com um cunho realista, e nos faz pisar em terrenos possíveis; e isso me cativa muito. Me agrada ler e pensar que eu poderia ter aquela reação se passasse por tal situação. Podemos visualizar a história de Charlotte Brontë por uma perspectiva bem palpável. 

A narrativa é em primeira pessoa e começa com Jane Eyre relatando sua infância. Após perder os pais, ela fica a mercê de sua tia e primos que são extremamente duros e deixam claro que ela não é bem vinda. Gateshead Hall nunca foi um lar para Jane e após certas situações, sua tia a manda para um colégio que recebe meninas carentes, chamado Lowood. Sua vida é cheia de privações, mas ela se sente um pouco mais agradável do que na casa da tia.

Já tirando a infância de Jane como base, o leitor percebe que essa menina feia, magra e pequena é singularmente superior. Após passar seu tempo como aluna na escola, Jane leciona por dois anos, mas seu espírito inquieto anseia por mais. E é o que ela vai atrás.

Edição em Inglês que encontramos na livraria 

Quando Jane consegue um emprego como preceptora de uma pequena francesinha, chamada Adèle, em Thornfield, sua vida começa a mudar, pois seu estranho patrão, o Sr Rochester, mostra à ela novos horizontes. Por enquanto, sua relação é puramente empregada-patrão, mas o Sr Rochester percebe o espírito superior de Jane, e a mantém sempre por perto para entretê-lo. É interessante a perspectiva de Jane Eyre à respeito do Sr Rochester, pois mesmo admitindo que ele é um homem feio e de feições duras, ele a atrai.

Os diálogos deles são inteligentes e divertidíssimos, cheios de farpas mútuas. Jane já sente algo que ela julga ser impróprio por seu patrão, mas quem pode julga-la? O Sr Rochester um é homem muito interessante.

Após uma temporada de visita de alguns amigos do Sr Rochester em Thornfield, onde a bela Srta Igram parece ser o centro das atenções, Jane percebe verdadeiramente que está em apuros em relação aos seus sentimentos. Ela luta consigo internamente, mas consegue manter uma faixada calma e uma postura respeitosa. Devo dizer que seus monólogos são extraordinários.

“Denunciada em meu próprio tribunal (...) a Razão tendo apresentado para contar, à sua moda calma, uma história trivial e despojada, mostrando como rejeitara o real e rapidamente devorara o ideal -; pronunciei a sentença no seguinte teor:

Que jamais existira uma pessoa mais tola do que Jane Eyre - que uma idiota mais fantástica jamais se fartara de doces mentiras, engolindo veneno como se fosse néctar." 

Edição de Jujubs

Acontece que o Sr Rochester também já está entregue à singularidade de Jane, mas ele não é desses que perde a oportunidade de ser sarcástico, e a tal declaração de amor, a qual Sr Rochester foi cruel no começo e lindamente intenso em seu climax, me fez chorar muito. Sério.

Seria maravilhoso se esses fatos não fosses apenas pela metade do livro. Como os dramas de Jane Eyre não tem limites, acontecerão fatos surpreendentes que mudarão os bons caminhos da felicidade. (E que me tiraram ainda mais lágrimas.)

Charlotte Brontë foi fundo nos dramas humanos e criou Jane Eyre com uma percepção de mundo impressionante. Os personagens profundos, humanos e fascinantes dessa história são daqueles que marcam o leitor. A obra tem grande influencia na vida da autora, pois certas semelhanças de sua realidade nesta ficção não passam despercebidas.
A obra de Charlotte Brontë inspirou várias adaptações; séries, filmes e releituras contemporâneas dão vida às desventuras de nossa heroína. Algumas realmente muito bem feitas que fazem jus ao livro.
Mesmo que sua irmã, Emily, que é autora de "O morro dos ventos uivantes", seja as mais famosas das Brontë, Charlotte não deixa a desejar em momento algum em sua história, narrativa e personagens. (Preciso conhecer Anne para argumentar sobre talentos familiares.)

"Jane Eyre" é uma leitura deliciosa e maravilhosa que dá aquela sensação de perda quando termina. Uma obra prima que faz rir e chorar onde Charlotte Brontë, com sua escrita primorosa, invade o coração do leitor e deixa sua marca permanentemente.

E vou constar: Todo ser humano que respira deve ler essa obra.

Dicas: Como Comprar na Estante Virtual

Olá queridos leitores do NTC!

Como uma adepta de compras em sebos virtuais - e considerando que várias pessoas que conheço tem muitas dúvidas sobre como fazer compras em tais sebos - achei pertinente trazer algumas dicas sobre como comprar na Estante Virtual, espero que vocês gostem, vamos lá? ^^

O site da Estante Virtual reúne sebos e usuários de várias partes do Brasil que disponibilizam livros usados (e até novos) para venda. Cada vendedor tem um icon que o identifica como Sebo, Livreiro Virtual ou Leitor (ou seja, se você tem livros usados\novos que deseja vender, também pode disponibilizá-los na Estante Virtual).

Por que comprar na Estante Virtual?

Não vou iludir vocês, nem tudo na EV é baratinho (se somarmos o valor do frete cobrado pelos vendedores), então se o seu único critério é o preço, você tem que se dar ao trabalho de pesquisar bem. Mas se você for meio chatinho para compras, como eu, então a EV pode ser uma ótima saída (já me salvou várias vezes); o meu maior motivo para comprar na Estante é que lá é possível encontrar edições que não são mais comercializadas ou até mesmo livros considerados esgotados (sem novas tiragens). Tenho a grande sorte de me interessar por livros ~~complicados~~ de se encontrar em livrarias (mesmo virtuais) e nessas horas a Estante sempre está lá pra mim. 

Comprando na Estante Virtual

A palavra-chave para fazer uma compra segura e bem sucedida na EV é a PESQUISA. O Site oferece ótimas opções de filtro e cada livro cadastrado vem com descrição (às vezes acompanhada de foto) feita pelo vendedor acerca do estado de conservação do livro, editora e edição.

Ao lado da descrição do produto, também é possível verificar preço, frete, condições de pagamento e, importantíssimo, as qualificações do vendedor, é possível ler a opinião de clientes que já compraram com aquele livreiro, isso ajuda muito para a confiabilidade.

Nota: todas as imagens não se referem ao mesmo processo de compra, porque a anta aqui esqueceu de printar tudo na última compra que fiz T.T

Perfil de livro para venda. Barra lateral com qualificações do vendedor e condições de pagamento

Opinião dos clientes acerca do vendedor

O processo de compra na EV é semelhante a qualquer site, você tem que ter cadastro no site, escolher o livro que vai comprar, colocar no carrinho... basicamente o padrão. Se você quiser pagar a  depósito, cada vendedor disponibiliza a lista de bancos que utiliza e você escolhe o que lhe convém. Caso seu pagamento seja a crédito, você deverá efetuá-lo via PayPal (desculpem-me, nunca usei PayPal pra nada na minha vida, então não posso me aprofundar nessa parte). A ~~vantagem~~ do PayPal é que você pode pagar livros comprados de vendedores diferentes de uma vez só.

ATENÇÃO: durante o processo de compra, a opção PayPal fica selecionada automaticamente, antes de concluir o pedido - se você for pagar a depósito bancário - lembre-se de selecionar a opção pagamento por depósito.

Você também recebe no seu e-mail todas as infos sobre sua compra. Uma vez efetuado o pedido, você recebe os dados bancários do vendedor para depósito ou transferência (lembrando que o banco é você quem escolhe no processo da compra).

Uma vez efetuado o pagamento, é IMPORTANTÍSSIMO que você envie o comprovante para o e-mail do vendedor (o endereço é enviado para o seu e-mail), para ajudar na identificação do seu pedido, logo, agilidade no envio da sua encomenda. Quando o produto é enviado, você recebe um e-mail de notificação com link para acompanhando pelo site dos correios. Na parte final do e-mail, vem um link para você acessar quando tiver recebido o livro, você será redirecionado para uma página da EV que lhe permitirá marcar o produto como "recebido" e fazer a avaliação do vendedor.

É RECOMENDADÍSSIMO que você avalie o vendedor, sua opinião aparecerá na relação de recomendações e você estará contribuindo para a pesquisa de clientes futuros para aquele vendedor, olha que lindo! :D

Ao todo, já efetuei 8 compras via Estante Virtual e todas foram bem sucedidas, lógico que nem tudo no site é cor-de-rosa, mas disse e repito, se você se empenhar em pesquisar, poderá encontrar bons livros e vendedores confiáveis. A EV, até agora, tem atendido meus critérios de compra, se puder atender o seu... vale à pena deixar o receio de lado e arriscar comprar pelo site (tomando os devidos cuidados).

Alguém mais já comprou pela Estante?? Espero que não tenham tido experiências ruins rs

Abraços!

Sobre A Menina que Roubava Livros: Livro e Filme

Liesel Meminger me fez chorar descompensadamente no cinema.

Mas esse não é o ponto principal.

Espero de coração que todos os que forem assistir ao filme mais comentado recentemente saibam que este é baseado no livro de Markus Zusak, lançado em 2005 e trazido ao Brasil pela Intrínseca em 2008. Espero mesmo, porque esse livro merece ser lido, apreciado… degustado.

Alguns dos motivos que me fizeram amar o livro, dentre tantos:

    1.  A morte é a narradora.  Alguém surta e morre comigo ao compreender a amplitude e beleza disso?!? Alguém, alguém pra surtar comigo? A fina ironia que pode ser experimentada em ter a morte narrando a vida de uma menina que passou pela segunda guerra. Essa premissa é demais pro meu coração.

    

    2.  Um dos períodos que mais me fascinam é a Segunda Guerra Mundial. As insanidades de uma nação que se diz superior e a bravura da resistência, do que o ser humano é capaz. Eu me encanto com essa temática, com o quanto ela pode ser atual.

    

    3.  Por favor, a história de uma menina que ama os livros e é capaz de tanta coisa para conhecer, proteger e desvendar as palavras… meu coração não aguenta, sério.

Conheci o livro por volta de 2000 e, desde então, ele sempre surge na minha mente quando me perguntam qual meu livro favorito. Atribuo meu amor por ele ao fato do autor ter reunido tantas características que me agradam em um livro e com narrativa tão deliciosa.

Após o estrondo que foi a chegada desse livro, outros títulos do autor foram trazidos para o Brasil. Dentre eles, li dois anteriores: Eu sou o Mensageiro (2002) e A Garota que eu quero (2001). Devo dizer que os dois livros foram boas leituras, mas nem chegaram perto do sucesso do meu primeiro encontro com esse autor autraliano. A fórmula funciona porque a narrativa de Zusak me atrai, mas ainda prefiro o brilhantismo da morte falando de uma “roubadora” de livros.

Devo confessar que fui ao cinema com “os dois pés atrás”, relativamente traumatizada com a quantidade de más adaptações cinematográficas para livros que gostei. Preferi não ver nenhum trailer e nem saber de opiniões de outras pessoas, queria ter a minha experiência ao ver o filme. Ela não poderia ser melhor.

A atriz que fez Liesel, Sophie Nélisse, não poderia ter sido melhor escolhida. Ela tornou factível pra mim toda a coragem dessa garotinha que luta com unhas e dentes por todos os que ama, me mostrou com um olhar o amor e encantamento que os livros podem trazer e me fez chorar rios ao mostrar a maturidade que uma menina pode adquirir em momento de tanto sofrimento, ao perder uma família e encontrar amor em outra no meio do caos da guerra.

 

A fidelidade com tudo o que me recordo do livro me deixou encantada, e eu já estava chorando desde o encontro da Liesel com uma biblioteca, imaginem no restante do filme.

Tenho um milhão de motivos para indicar esse livro e dizer o complemento perfeito que o filme se tornou pra mim, mas se todos os surtos e clichês que usei até agora pra falar dele não serviram pra despertar a curiosidade de alguém, lamento… vocês não sabem o que estão perdendo.

5 Motivos para ler "Academia de Vampiros"

Olá, little dhampir!

Estou aqui hoje para tirar sua vida de escuridão que é não conhecer "Academia de Vampiros".

Aí vocês estreitam os olhinhos e sussurram mentalmente "Aff, mais vampiros! Essa moda não vai acabar nunca?!". Vocês deveriam ter cuidado com o que pensam. Uma estaca pode parar em seu coração do nada e você nem vai saber de onde veio.

Estacas?! WHAT?! Sim, meu bem. Estacas. Batalhas. SANGUE! Mas claro que também tem amor. 

Vou expôr o porque você deve ler "Academia de Vampiros" nesse post. Podem me agradecer nos comentários.

Guardiões, oi. 

Um breve resumo da autora:

Richelle-diva-Mead é uma cidadã americana, casada e tem dois filhos (o caçula nascido no mês passado) e é ninja. Tipo, não sabemos os nomes de seus filhos! (Se tu sabe me diz, faz favor.). Ela tem 3 graduações: uma Bacharel em Estudos Gerais pela Universidade de Michigan, uma Mestrado em Comparação Religiosa pela Universidade Western Michigan, e uma Mestrado em Ensino pela Universidade de Washington. (E eu dormindo nas aulas da minha primeira graduação, tsc.) Ela é bastante twitera e vive nos fazendo sofrer quando está em processo de escrita. 

Richelle-ruiva maravilhosa-Mead é autora de antologias e 5 séries, sendo que 3 adultas:

Georgina Kincaid - 6 livros;

Dark Swan - 4 livros;

Age of X - em andamento, com o lançamento do segundo livro previsto para Março de 2014 (nos EUA);

E 2 séries YA:

Vampire Academy - 6 livros;

Bloodlines (que é o spin-off de VA) - em andamento, com o lançamento do quinto livro previsto para Julho de 2014 (nos EUA);

Sou uma fangirl muito dedicada e obviamente que já li quase todas as suas séries; só me falta começar Age of X (aguardem resenha em breve).

Porém, já como nosso papo aqui é sobre "Academia de Vampiros", então vamos à ele!

Breve resumo da série:

Meu resumo mais fiel sobre Academia de Vampiros

O universo de Academia de Vampiros se passa na escola St. Vladimir (e daí o termo academia), onde só estudam vampiros. Porém, há vampiros de 3 tipos, acompanhem:

Moroi: são os vampiros puros sangue. Eles tem presas e precisam se alimentar de sangue e são muito frágeis a luz do sol. Em tese, deviam ser os ~vampiros bons~. Eles manipulam elementos como água, ar, terra, fogo e um ainda desconhecido e raro que é chamado de espírito. Já que são pacíficos, não usam seus "poderes" para batalhas.

Dampiros: são os mestiços. Seus pais normalmente são moroi/dampiros ou moroi/humanos. Os dampiros não procriam entre si, ou seja, eles precisam dos moroi para que sua espécie sobreviva, então é esse o trabalho deles: defender os moroi.

Os dampiros tem o melhor das raças: são fortes, velozes, super resistentes, não tem problema nenhum com o sol e não precisam de sangue em sua dieta. Dampiros são fodas.

Strigoi: são os vampiros do mal que os fãs de Dráculas e haters de "Crepúsculo" vão adorar. Strigoi são criaturas malignas que só vivem a noite, pois morrem se forem afetados pelo sol. Se alimentam se sangue e seus favoritos são moroi. Os strigoi se transformam no que são, ou seja, um strigoi já foi moroi, dampiro ou humano. Eles são imortais; a não ser que alguma estaca os encontrem pelo coração e panz.

A narrativa é da perspectiva de Rose Hathaway. Ela é uma dampira cujo o objetivo maior é proteger sua melhor amiga e moroi da realeza, Lissa Dragomir.

Essas duas são amigas desde infância e um fato interessante as fará ter um laço psíquico, porém de mão única. Rose consegue ver e sentir coisas através de Lissa e isso não é muito legal. Lissa é uma das usuárias do elemento espírito, que é quase desconhecido, e ela sofre vários efeitos colaterais.

O espírito age de dentro para fora. Ele mexe com a sanidade. Lissa não sente coisas boas e passa tudo para Rose através do laço.

Lissa é a única integrante viva da sua família real e sua segurança é muito importante.

Como se não bastasse lidar com o conflito interno da melhor amiga, Rose ainda precisa se readaptar a escola. As atividades físicas são importantes, pois Rose está sendo treinada para ser uma guardiã. E ela quer se especificamente a guardiã de Lissa.

Paralelo a relação das duas amigas, Rose se pega suspirando por seu instrutor de luta, Dimitri Belikov. Dimitri é um professor já adulto e muito responsável, claro que não vai dar mole para uma aluna.

Ou vai?

THIS IS INSANE, AMGS!!!

Para evitar os temíveis spoilers, vou parar o resumo por aqui.

Caso vocês tenham pulado tudo que escrevi acima, abaixo darei 5 motivos do porque causa, razão ou circunstancia vocês devem ler "Academia de Vampiros". Venham:

1. TODOS OS LIVROS DA SÉRIE JÁ FORAM LANÇADOS; INCLUSIVE NO BRASIL! 

Conheço algumas pessoas que só querem ler séries já todas lançadas porque ou não gostam de esperar, ou querem evitar sofrimento e panz. Portanto, dampirinhos, não há desculpas nesse quesito.

Os 6 livros da série foram lançados em terras tupiniquis pela editora Agir. As capas são feias sim, eu sei, mas há boatos que Richelle Mead foi amaldiçoada. A mulher tem 5 séries e TODAS as capas originais, sem exceção, são feias que doem. Mas, óh, quem vê capa não vê coração quando se fala de Richelle Mead. Já li 3 séries completas e estou acompanhando "Bloodlines" e... essa mulher é foda!

A ordem dos livros no Brasil são: "O beijo das sombras"; "Aura Negra"; "Tocada pelas Sombras"; "Promessa de Sangue"; "Laços do Espírito" e "Último Sacrifício".

 2. HISTÓRIA, NARRATIVA, PERSONAGENS: FEELS. 

Eu sei que a temática vampiros é meio tensa desde "Crepúsculo" (vocês são uns chatos! É amor!), mas "Academia de Vampiros" não tem N.A.D.A. a ver com "Crepúsculo". Acho que ambos os livros foram lançados no mesmo período, em 2007, 2008, e a maior preocupação de Richelle Mead era que se parece com "Harry Potter". Li umas entrevistas dela falando a respeito disso. "Harry Potter" também se passa em uma escola e tem suas aventuras mas "Academia de Vampiros" é bem único!

Richelle Mead se inspirou em mitos romenos (inclusive os nomes de vários personagens são do leste europeu) e visualizando a série por um todo, sua história é realmente inteligentíssima. Sério, é bem estruturado e super bem escrito.

Não sei o que atraí vocês em um livro, mas o que me pega pelo pé é: enredo, narrativa e personagens. E Richelle me pegou pelos dois pés!

Sua narrativa é fluída com um quê de humor negro. E esse é seu estilo (já li quase tudo disponível dessa mulher e sei do que estou falando). Ela é irônica, tratante, por vezes malvada mesmo, e claro que isso reflete em seus personagens. Richelle Mead não tem UM personagem idiota (os que aparentam costumam dar uma dor de cabeça que vocês nem imaginam). 

Todos os seus personagens, sobretudo suas protagonistas, são cheias de personalidade e muito atrativas.

No caso de "Academia de Vampiros", Rose é tão BADASS, MAS TÃO BADASS que ninguém a segura! Ninguém, amigos!

Você vai ter que passar por mim.

A construção de enredo é interessante e o grande "por quê" da série vai sendo desvendando no decorrer dos livros; mesmo que cada livro tenha seu foco em certo propósito.
Os próprios personagens crescem muito com a evolução da história. A mudança é incrivelmente perceptível do começo para o fim da série.
Queria poder elevar meu espírito em teorias mas aí entraríamos no terreno de "Bloodlines" e ainda é não é hora. Mas aguardem.

3. TEM ROMANCE! 

O poeta já disse que é impossível ser feliz sozinho, certo? Pois é. "Academia de Vampiros" é cheio de romance e tensão sexual. No primeiro momento, o romance que mais chama atenção é de Lissa e Chistian. Eles são super diferentes, mas de uma maneira deliciosa se completam perfeitamente. Lissa é descrita como suave e Christian é feroz. Para falar a verdade, Christian Ozera é um Rose de calças! Tratante, sarcástico, intimida os outros e bem... ele controla o elemento fogo. Vocês já devem ter percebido que eu o amo, claro. Acho que se não fosse por ele, eu nem ia gostar de Lissa.

E Rose? E Dimitri? Bem, no começo da história vamos ficar meio que a ver navios. Quero deixar claro que os romances que Richelle-cupido do mal-Mead não são instantâneos (nem a de Christian e Lissa foi). Estão pensando que esse romance é olhou-gamou, é? As histórias de amor em "Academia de Vampiros" (e derivados dela) é em banho Maria, amigos. Começa devagar, gradualmente, como boas histórias de amor devem ser.

4. TEM BATALHAS, SANGUE E... MORTE!

Esse tópico é especialmente para os chatinhos de plantão que acham que "Academia de Vampiros" é só mais uma historinha de amor de vampirinhos. Aff. 

A história tem romance sim, mas queridos, a narrativa é de uma aluna guardiã. No primeiro momento, ou seja, no livro 1, teremos basicamente a tensão escolar e as atividades de Rose que em suma é: lutar. Mas há surpresas significativas no começo da série.

 E no futuro (a partir do 2° livro para ser mais exata), o negócio vai esquentar! As superficialidades vão ficando para segundo plano, a história vai pegar um ritmo mais tenso e pessoas morrerão. (WHY, RICHELLE?!)

Durante a série acontece muitas batalhas importantes e tensões dignas de ataques cardíacos (meu caso, claro). Os dampiros lutam por seu objetivo sem hesitar e mesmo alguns moroi vão bater de frente com seus tabus para lutar. Há muito sangue, dor, sofrimento. AI.

"Academia de Vampiros" tem muita ação e tensão. Não se deixe levar pelo preconceito das ditas ~modinhas~ que vai pegar, por motivos de: 

5. VAI TER FILME!  

Quase todos os gifs que estão nesse post fazem parte da adaptação de "Academia de Vampiros", que vai estrear dia 07 de fevereiro nos EUA e está previsto para o dia 14 de março no Brasil. *CHORANDO SANGUE!* Não vou entrar nos detalhes técnicos nem chorar minha revolta pelo fato que só o assistirei mais de 1 mês depois que o povo que está nos EUA, mas estou animadíssima com esse filme!

Já fui infinitamente mais chata com adaptações de livros, mas hoje meio que consigo separar um pouco as duas formas de arte. Claro que ficarei extremamente chateada se virarem os livros do avesso, mas pelo que pude perceber através dos teasers (e acreditem, há MUITOS teasers!), acredito que o filme vai corresponder minhas expectativas. Que fique claro que não espero a fidelidade extrema dos livros e por isso mesmo acho que todos deviam ler. 

A autora, Richelle-musa-Mead, elogiou bastante a produção do filme em entrevistas e não acho que ela rasgaria seda para uma adaptação que não correspondesse, né? 

Se vocês quiserem assistir o trailer do filme cliquem aqui. 

Espero que essa modinha realmente pegue porque é mais visibilidade para a série de livros que, a propósito, vocês precisam ler!

"Academia de Vampiros" é uma série ultra awesome e o melhor, deu espaço à minha série favorita de Richelle-perfeita-Mead: "Bloodlines".

Já como a série "Bloodlines" ainda está em andamento, farei resenhas sobre os livros aqui no blog.

Espero que eu tenha acordado vocês para a vida! Ler "Academia de Vampiros" é obrigatório para quem curte YA e uma ótima experiencia para quem quer conhecer o gênero. 

Agora parem de perder tempo e venham fangirlzar comigo! 

Por nada. 

Nostalgia: Corrida Maluca.

Euzinha, srta. Juliana Dias, sou alguém que muito vive de passado quando se trata de desenhos, ADORO reassistir velharias preciosas, cantar as musiquinhas, entoar os jargões dos personagens e ainda acho graça das mesmas piadas, não importando se já as ouvi um trilhão de vezes e me conformei que eu vou ser sempre assim rsrs Não sei se vosmicês são nostálgicos como eu, porém mesmo assim eu TINHA que trazer meus vícios vintage para o cantinho NTC.

Pensem em uma pessoa que parava tudo que estava fazendo quando ouvia a intro de Corrida Maluca, sério! Sempre tive um amor especial pelos desenhos de Hanna Barbera e Corrida Maluca (Wacky Races) está entre o meu top!

"Uma disputa pelo título de volante mais biruta do mundo" .

Engraçado como uma ideia super "piadinha interna de círculo de amigos" deu um desenho e tanto,  se bem que, naquele tempo, a base dos desenhos era algo simples. Embora Corrida Maluca seja todo ornamentado (na boa... o que são os carros e os competidores?!), o objetivo era simples: ganhar a disputa, com uma maratona temperada e recheada pelas trapaças do "vilão" bem como as peripécias dos demais personagens.

Até hoje acho curioso como o Dick Vigarista tinha um escudeiro tão ~~gente~~ boa como o Muttley, mas é até bom isso porque, se os dois fossem maus, ia perder metade da graça fora a raiva que eu (e as demais crianças/jovens/adultos do planeta) sentiria. Aliás, Muttley é o melhor personagem dessa trupe, pô... o cara (cara é ótimo... o cão) fazia tudo o que o Dick Vigarista mandava e, apesar de não receber as recompensas prometidas, não nutria ódio mortal no seu coraçãozinho puro, e ainda ria do Vigarista na cara dura LOL 

As peculiaridades dos demais personagens completavam a maravilha que é a corrida. O cupê Mal-assombrado, o carro do Professor Aéreo e a Carroça a Vapor eram os mais estrambólicos; o Carro Tanque do Exército, o dos Irmãos Rocha e do Rufus Lenhador, e o do Barão Vermelho eram simples, porém eficientes e engraçados. 

Peter Perfeito e seu Carro Aerodinânimo (apesar de quebrar quase toda hora lol) formam um conjunto bonito, porém o bobo sempre caía nos encantos da Penélope Charmosa. Aliás, apesar do rosa GRITANTE, o carro da Penélope me seria muito útil, com todos aqueles apetrechos para maquiagem (pouparia um tempo bom) rsrs mas não era o meu favorito. 

Mesmo não sendo um exemplo de inteligência e utilidade, a Quadrilha de Morte com seu carro à prova de balas era a melhor! Adorava quando o carro apresentava algum problema eles tinham que carregá-lo!

Não é novidade que o Dick Vigarista nunca conseguia vencer, se ele já venceu alguma vez... eu realmente não lembro (fica a dica para me mandarem esse episódio especial, caso exista), e é legal que os vencedores variavam, seria chato e injusto se fosse sempre a mesma pessoa.

Do 'elenco' de Corrida Maluca, surgiram dois famosos spin-offs: Esquadrilha Abutre (Dastardly and Muttley in Their Flying Machines) e Os Apuros de Penépole Charmosa (The Perils of Penelope Pitstop). Apesar de gostar muito da Quadrilha de Morte, que sempre salvavam a Penélope dos tais apuros; meu spin-off favorito foi o da Esquadrilha! 

Hanna Barbera trazendo Dick Vigarista e Muttley para pilotar aviões, acompanhados de outros dois personagens muito engraçados (Klunk e Zilly).O objetivo da esquadrilha era capturar  pombo correio Doodle e, cá entre nós, quem nunca cantou à plenos pulmões a música tema?! ♪ Prendam, segurem, agarrem, capturem, peguem o pombo agora! ♪ (e tinha que imitar a risinha do Muttley no final lol)

Ai ai, como eu me divirto falando de desenhos antigos. Acho humanamente impossível que alguém não goste de pelo menos um dos desenhos de Hanna Barbera, e que bom que até hoje o sbt ainda passa alguns (embora pouco), as crianças de ontem, hoje e amanhã agradecem! 

E vocês, qual desenho antigo ainda fazem questão de assistir? Qual era o seu carro favorito da Corrida Maluca? Aliás, estou recrutando mais seis pessoas pra fazer cosplay da Quadrilha de Morte. Ê, brincadeira (ou não).

Um grande abraço e até a próxima!