Um livro que tratei de forma despretensiosa, livre.
Já percebi que essa é a melhor maneira de pegar um livro.
Anaximandra, sim essa de nome horrível, é uma jovem estudiosíssima, que tem uma queda por História e especialmente por Adam Forde, o homem que mudou tudo o que é conhecido na terra ao salvar a vida de uma menina à deriva no mar. Explico: a Terra basicamente foi devastada pela Peste ~e pela maldade humana ~, só sobrando uma pequena sociedade que se manteve afastada de tudo pela força da arma, para manter todos os infectados do lado de fora. Adam foi aquele que se permitiu tocar pela miséria de uma menina e a salvou da morte certa, ao tentar entrar na ilha. Esse amor de Anaximandra pela vida e importância de Adam a levou à um teste na Acadêmia – instituição que controla a sociedade. É esta prova que será descrita no livro, através das perguntas e respostas e da interação de Anaximandra com tudo o que estudou e sobre esse período conturbado.
Ok, a leitura desse livro foi um acaso acrescido de um contratempo. Comprei o livro em um desses surtos de compulsividade entre mim e a Saraiva e quando me pediram a troca dele pelo Skoob, decidi ler para optar ou não pela troca. É um livro curtinho – pouco mais de 170 páginas – e eu pensei “O que custa furar a fila e ver no que dá?!?”.
A leitura de início foi estranha pela minha falta de experiencia com distopia, embora não esteja certa sobre esse livro se enquadrar inteiramente no gênero, e com a evolução da coisa toda fiquei achando que seria só mais um livro que pretendeu ser uma descoberta aventureira. Mas o sr. Beckett conseguiu fazer um primor com a velha história de “colapso mundial” e “a terra está sendo destruida pelas mãos do homem”. Tem muito de papo cabeça, de filosofia e do porquê o ser humano é um traste tão ruim, mas o que me arrebatou mesmo foi o final. Fiquei alguns minutos descrente na vida.
Então, por favor, se pintar a possibilidade, deem duas chances à esse livro: a primeira o comprando, mesmo ele sendo fininho, com uma capa duvidosa e sinopse mediana – por sinal, achei que a quarta capa desencanta o brilho dele, desmerecido; a segunda é pegando pra ler, porque, convenhamos, essa vida está cheia de bons livros para serem consumidos e escolher um entre tantos não tá fácil.
Algumas das capas do livro que encontrei por aí. A que mais gostei foi dessa com o orangotango (não porque seja bonita, mas porque interage com o livro muito bem).Por favor, leiam e me agradeçam depois.
Um outro livro curto que dividiu minha opinião, mas dessa vez entre boa e péssima leitura: Vanessa e Virgínia. Um romance baseado na história de Vanessa Bell e sua irmã Virgínia Woolf.
Confesso que nada conhecia da famosa Virgínia, imagine da irmã infinitamente menos conhecida, embora aparentemente excelente pintora inglesa.O livro conta a história de vida das duas, sob a perspectiva da irmã mais velha, mais sensata e, aparentemente, mais moderada. Vanessa fala de seus ciúmes, dos cuidados e desejos das duas em serem excelentes em seus respectivos talentos e se acharem inferiores entre si. O livro conta com pequenos textos de diferentes momentos, que, embora sejam sempre o ponto de vista de Vanessa, falam da vida de Virgínia mais do que qualquer uma.
A infância é contada por uma pequena Vanessa, filha mais velha que gostaria de receber um pouco mais de atenção dos pais, mas que mesmo assim ama incndicionalmente a irmã. Fica claro seu amor e devoção por Virgínia desde sempre, já que ela sempre se mostrou de constituição frágil e saúde delicada. Nada de diagnósticos ou pretensão de contar a história da famosa autora, apenas uma irmã contanto sua história, essa foi a boa parte da leitura.
A brevidade das pequenas perspectivas foi o que me cansou durante a leitura, como se fossem pequenos lampejos das memórias de Vanessa, por vezes simples conversas ou descrições de alguma obra sendo produzida – que também comunicava o momento vivido – ou em outros momentos simples relatos da sua vida doméstica ou de seu casamento fracassado, com sucessivos amantes e decepções.Li o livro às escuras, sem saber o que esperar – minha forma preferida de encontrar novos livros; apenas pela capa. A leitura me entreteve, mas acredito que esperava bem mais. É um livro inovador por tentar contar a história de duas personalidades britânicas romanceado, mas o formato com que foi feito não me encantou.
Fico com aquela sensação de “ame ou odeie” e acabo classificando apenas como uma leitura que me deixou curiosa por Woolf, mas sem me marcar de forma definitiva.
Olha so que legal!
ResponderExcluirNao conheço estes livros ainda
Adorei sua visita la no blog!
Bjks mil, querida
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