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29/01/2014

[Manias de Leitor] Sobre Indicar Livros

Estive ouvindo um podcast interessantíssimo sobre a importância da literatura na escola e o papel dos professores na formação de um leitor e seu caráter como tal. Fiquei pensando na importância que cada um de nós, leitores e apaixonados, temos de contaminar esse mundo, infestado de tecnologia cada vez mais sedutoras, com um pouco do prazer por ler e conhecer novas histórias. Essa é uma responsabilidade que cada um deveria assumir pra si e levar adiante, e acredito que a melhor forma de ser feito é através das Indicações. Mas aí surgem uma série de problemáticas, vamos ver se podemos elucidar e encontrar soluções para algumas delas?

1 – Não sei indicar, tenho medo de errar e a pessoa detestar mais ainda livros.

resolvendo problema

Vamos resolver esse problema. Indicar um livro é como dar um presente de aniversário, você precisa conhecer minimamente o que aquela pessoa gosta para que o presente que você dê não vire acumulador de poeira em algum lugar da casa. Temos acesso amplo, vasto, quase ilimitado, a qualquer tipo de livro, com temáticas variadas para agradar a todos os tipos de leitores que existir. Cada criatura tem seus gostos pra tudo, inclusive literário, só nos resta respeitar isso e indicar o que achamos que mais combina com ele, lembrando de suas predisposições e faixa etária.


2 – Vergonha (por motivos variados).

Sem vergonha

Uma das características mais comumente atribuídas aos leitores é sua introspecção e perfil antisocial. Seja porque prefere estar no mundo que o autor do livro criou ao mundo real, ou porque realmente não goste de viver em rodas de bates papos. Mas também é famosa a máxima que é só se reunir dois ou três leitores vorazes como nós que a tagarelice abre as portas e parece mais um galinheiro do que um grupo de pessoas conversando. Então a dica é, na medida do possível para a sua realidade, chame pessoas mais propensas para reuniões sobre livro, crie uma pauta, torne o encontro mais interessante associando a lugares legais para um bate papo (cafés, praças, shopping) e à comida (porque na dúvida, o futuro leitor se esconderá atras de um sanduíche).
Aqui no nosso querido estado temos o Pa Book Club, e as pequenas criaturas maravilhosas que o frequentam tem o gosto mais diverso possível e mesmo assim dá certo (sem contar com o aumento gritante na lista de desejados a cada encontro).

3 – Seja exemplo.

Livro e menina
Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida.
Se for pra semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade.
Cora Coralina

Não exite em andar por aí com seu livro à mostra para que todos vejam, não ligue para rótulos (quem quiser falar mal de você vai fazê-lo mesmo que você não dê motivos, por isso escolha dar um bom motivo à eles). Com certeza terá alguém que irá perguntar o porquê de você ler tanto – olha aí a oportunidade pra horas de monólogo ou um simples e entusiasmado “porque é foda” – ou pedir pra olhar a capa do livro que você carrega. Nesse momento você indica esse ou outro livro, ou até mesmo ~num ato de amor ao próximo e desprendimento supremo~ empresta o livro. Pronto, a semente foi plantada e se o solo for bom irá vingar.

4 – Não quero incomodar ninguém e nem coagir meu colega a ler algo que não tenha interesse.

Sêneca

Se você não falar sobre o que você gosta ninguém vai adivinhar. Não há fórmula fechada. E as tentações do mundo são tantas que é muito provável que as pessoas ao seu redor não gostem de ler mais por ignorância desse ato do que por não sentir vontade realmente. Muitas pessoas nunca foram estimuladas à ler, pense nisso. Quantas vezes não escutei “acho bonito você ler tanto, mas não conseguiria pegar um livro assim tão grande e com letras tão pequenas”. Isso nada mais é do que medo do desconhecido, aliado à preguiça. Comecem pelos quadrinhos, mangá e seus derivados então, há tantos e com tanta qualidade disponíveis hoje. O importante é o ponto de partida ser prazeroso.
Se a pessoa que você vai indicar é mais nova, como irmão ou sobrinho, faça uma pesquisa rápida sobre o que tá na moda (já é um ponto positivo pela possibilidade de ser comentado na escola/faculdade ou já ter filmes sobre o livro em questão), sem esquecer de adequar o gênero e faixa etária.
Acredito que os clássicos serão referência sempre e algo a ser revisitado para conhecimento de uma época, mas não tem como esperar despertar interesse em alguém pela leitura indicando um livro escrito há mais de 100 anos, com linguagem e costumes tão diferentes do que é vivenciado hoje, sejamos coerentes. Li Dom Casmurro recentemente e AMEI, mas minha tentativa de ler Machado de Assim no começo da adolescência foi catastrófica, e sei que isso não aconteceu só comigo. É necessário maturidade (seja literária ou pessoal) para apreciar algumas obras, e respeitar isso é a certeza de acertar na escolha da indicação.


Essas são algumas dicas e também pequenas conclusões que cheguei ao me deparar com toda a minha vida como leitora e perceber que contaminei muito menos pessoas do que gostaria – e deveria – com esse prazer que é sentar e pegar um bom livro, e me deixar levar até onde as palavras de outra pessoa quiser. Isso é triste porque acredito que a pessoa que lê está sim um passo a frente em diversas faculdades importantes na vida hoje, seja ela em compreender o outro, ter retórica, encontrar saída mais fáceis/divertidas/coerentes para problemas, conhecer mais do mundo e da história, ou apenas tem um lazer sadio somente. E isso basta.


26/01/2014

Dicas: Como Utilizar Corretamente a Bateria do Notebook


Olá, leitores do NTC!!!


Resolvi escrever essa matéria, artigo, nota, enfim, primeiro porque uma das colunistas do Blog falou que eu poderia escrever sobre dicas de informática; e segundo porque acabei de comprar um ultrabook e gostaria de saber como melhorar o desempenho da bateria e a sua durabilidade (Apesar de trabalhar na área de informática nunca sabemos tudo, né? Por isso procuro sempre pesquisar antes de falar ou publicar algo).

Até então sabia como funcionava as antigas baterias de notebook (níquel cádmio - que precisavam ser totalmente descarregada antes de iniciar nova recarga), depois de pesquisar descobri que as novas baterias (lítio) tem maior duração (por não terem o efeito memória - ou vício).

Descobri também que não é nenhum bicho de 7 cabeça manter a durabilidade de uma bateria de notebook e ultrabook, basta ter a seguinte rotina que descrevo abaixo:

Não perde a Dica
  • A duração da vida útil de uma bateria é feita por ciclo, geralmente suportam entre 300 a 500 ciclos (alguns notebooks tem capacidade para preservar ciclos, carregando até 50% ou 80%, aumentando a vida útil para média de 1000 ciclos). Cada ciclo é um período de descarga e carga. Não gaste ciclos da bateria sem necessidade, pois assim diminuirá sua vida útil. Sempre prefira usar o notebook na tomada (ela serve até de segurança, pois se faltar energia automaticamente ela alimenta seu notebook), mas se precisar usar ou querer usar algumas vezes, pode utilizar sem medo, afinal a bateria também foi feita para ser utilizada e com uso correto, a mesma dura de 2 a 3 anos na média, mas seu uso em excesso pode diminuir para 1 ano mais ou menos

  • Se for passar longos períodos sem usar o notebook (uma semana ou mais), retire a bateria do notebook e guarde a mesma com 40% de carga (não é recomendável guardar com 100% da carga); Nunca deixe a bateria descarregar por completo chegando até 0%, pois corre o risco da mesma não suportar mais recargas; 
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  • Veja se a bateria do seu notebook está esquentando quando você utiliza o notebook por longos períodos ou em aplicações que exige muito do sistema do mesmo (como jogos). Se isso estiver acontecendo, que remova a bateria quando for passar longos períodos utilizando na tomada (uma semana ou alguns dias), pois o calor em excesso na bateria diminui drasticamente sua vida útil. (Não fique removendo muitas vezes, pois pode ocasionar desgaste do “encaixe” da mesma)


  • Faça a calibração da bateria uma vez por mês (ciclo de descarga até 1% e depois carregar a bateria por completo até 100%); Para evitar que sua bateria 'vicie', a calibragem deve ser realizada de tempos em tempos. Para recalibrar sua bateria, basta seguir os passos:
  1. Carregue toda a bateria. Quando ela atingir os 100%, mantenha-a plugada por uma ou duas horas;
  2. Desconecte o notebook da tomada e mantenha ele rodando até receber um aviso de que a bateria está acabando. O notebook irá pedir para que você o conecte a uma fonte de energia. Ignore e deixe-a descarregar completamente. 
  3. Depois que a bateria acabar por completo, mantenha-a assim por uma hora, sem carga alguma.
  4. Passado este intervalo, plugue-a novamente e deixe que ela seja completamente carregada, antes de usá-la outra vez. Ao atingir os 100% de carga, você terá uma bateria calibrada.

 
  • Evite: gravar CDs/DVDs, jogar games pesados e programas que usem intensamente a capacidade de processamento do notebook quando estiver utilizando o mesmo somente com a bateria, pois descargas rápidas diminuem a vida útil da mesma.

  • Ejete quaisquer discos possíveis de seu notebook. O simples fato de conter um disco no drive óptico leva o computador a gastar mais energia da bateria. O princípio é bastante lógico: quanto menos hardware estiver em uso, mais você economiza a bateria de seu computador. 

  • Atualizações: Mantenha todos os drivers e aplicativos atualizados. Geralmente, os drivers mais novos são desenvolvidos para trabalhar com mais eficiência e gastam menos energia.
  • Evite altas temperaturas: A exposição da máquina a altas temperaturas irá reduzir a durabilidade de sua bateria. Mantenha os coolers de seu computador sempre limpos e funcionais. Ventiladores muito sujos ou repletos de poeira contribuem para o superaquecimento da máquina, além de se esforçarem mais para rodar. Outra dica: evite deixar seu notebook dentro do carro em dias ensolarados ou exposto à luz solar por muito tempo. Todo calor que puder ser evitado trará bons resultados para o desempenho final de sua máquina e para a durabilidade da bateria.

  • Diminuir o brilho do monitor, pois essa simples medida ajuda - e muito - a economizar bateria. A maioria dos notebooks oferece atalhos simples nas próprias teclas para regular o brilho do monitor, geralmente em símbolos azuis. Tais funções normalmente são ativadas ao pressionar a tecla Function (Fn) enquanto você aumenta ou reduz o brilho pelas teclas dedicadas. E vale lembrar: quanto maior a tela do computador, mais energia da bateria ela consumirá.
  • Desligue o computador quando terminar de usar: Pode parecer óbvio, mas é importantíssimo tirar o  seu notebook da tomada ao terminar de usá-lo, gera gasto desnecessário de bateria.

Lembre-se que infelizmente, mesmo utilizando a bateria corretamente, ela perderá sua capacidade ao longo dos anos, isso é inevitável, pois até uma bateria fabricada em 2009 e nunca usada até hoje terá uma capacidade menor que uma fabricada em 2012.

Pronto! Agora você já sabe como aumentar a vida útil da bateria do seu notebook e mantê-lo funcionando por mais tempo. Se tiver alguma outra dica, faça a sugestão nos comentários.
  
Assinatura Gi

Fontes: Tudo em Tecnologia
                TecMundo



23/01/2014

Trilogia Grisha 1 - Sombra e Ossos (Leigh Bardugo)

"Sombra e Ossos" é o livro de estreia de Leigh Bardugo, e o primeiro da Trilogia Grisha. A autora criou um universo sombrio onde a guerra é o pano de fundo, humanos e Grishas compõem o exército de Ravka para combater Fjerda e Shu Han e algo ainda mais perigoso: A Dobra das Sombras, um corte negro no meio do território de Ravka, que a separa de sua área costeira e a deixa isolada do mar. Para fazer comércio e troca de mercadorias, é preciso de arriscar e atravessá-la, mas a Dobra esconde perigos inimagináveis em meio à escuridão.

Os Grishas são pessoas especiais que manejam elementos naturais e conseguem controlá-los. A habilidade Grisha é chamada de Pequena Ciência. Aeros, Hidros e Infernais controlam, respectivamente, os elementos ar, água e fogo. Possuem várias subdivisões e suas funções lhe conferem termos específicos, como: curandeiros, sangradores, conjugadores...
Dentre os tipos de Grishas, há o mais poderoso deles: o Darkling, um conjurador que controla a escuridão e, mais do que isso, é um amplificador vivo. Inclusive, há centenas de anos, foi um Darkling quem criou a Dobra das Sombras, e hoje um Darkling quer livrar o mundo dessa maldição.

A narrativa principal é na voz de Alina Starkov. Uma sobrevivente de guerra que agora é cartógrafa e está na iminência de atravessar a Dobra com seu contingente do exército. Ela e seu amigo de infância, Maly, depois de passarem anos sob a tutela de um benfeitor (que acolhia órfãos de guerra), servem juntos ao primeiro exército de Ravka.
Vamos pôr as cartas na mesa: Alina é apaixonada por Maly e o platonismo da situação é meio doloroso. Maly é um rastreador talentoso e muito atraente, o que não o deixa sem companhias femininas. Claro que ele se importa com Alina, mas não do jeito que ela gostaria.

A travessaria na Dobra é um ponto crítico e Alina não tem um pressentimento bom sobre isso. O momento chega e tudo dá errado.
Volcras, criaturas malignas que vivem na Dobra, atacam o contingente e o caos impera. Não há esperança, apenas escuridão e morte. Até que surge... luz.

Uma luz que sai de Alina, uma luz que é Alina.

Quando os poucos sobreviventes são levados à presença do Darkling. Alina não sabe explicar o que aconteceu. É tudo surreal, mas ela descobre que é uma Conjugadora do Sol. A única viva há centenas de anos. Isso significa esperança, a Dobra enfim poderá ser destruída e Ravka poderá se unificar, mas que a que preço?
Alina não faz ideia do novo universo que a espera. Ela terá que aprender a lidar com suas habilidades, com a pressão de ser a salvadora e com seus dramas internos. Ela perceberá que as relações de poderes são mais complexas que imagina, pois estará no centro.
(...) "Porque você gasta toda sua força lutando contra sua natureza?"
Eu não estava lutando contra nada. Ou pensava que não estava. Não tinha mais certeza de coisa alguma. Toda a minha vida eu havia sido frágil e fraca. Todos os dias pareciam uma luta. Se Baghra estava certa, tudo isso mudaria quando eu dominasse meu talento Grisha. (...)
A autora se inspirou na Rússia para a ambientação da trama, e é tudo totalmente crível. A narrativa é incrivelmente sensorial e... visível. As descrições de lugares, pessoas, situações e até sentimentos, são feitos de forma primorosa e fluida. Mesmo com vários termos complicados no primeiro momento, acabamos nos familiarizando com eles e somos enredados por essa mitologia fantástica.
Os personagens são incríveis. Alina, mesmo com o poderoso clichê sentimental, é uma heroína BADASS, não só por todo poder que ela tem em mãos, mas por sua personalidade forte. Maly some um pouco da história, mas sempre que se faz presente, sua postura é atrativa e confiante. E temos o Darkling, o segundo homem mais poderoso de Ravka (só está abaixo do rei) e o Grisha mais awesome que já se teve notícias! Sua presença é forte e grita "perigo", porém mesmo assim é meio impossível não se encantar.
(...)"Eu posso ser piedoso."
Ele se inclinou, puxando-me para perto, seus lábios tocando meu ouvido. "Amanhã, entramos na Dobra das Sombras", sussurrou, sua voz como uma carícia. "E quando chegarmos lá, alimentarei os volcras com seu amigo e você o verá morrer"(...)
Ainda temos Genya, Ivan, Baghra, o Apparat e outros personagens importantes, todos com sua carga de mistérios, encantos e surpresas.

Para falar a verdade, tudo referente ao universo de "Sombra e Ossos" inspira mistério, encanto e surpresa. Acontecem muitas revira-voltas que deixam a história mais tensa e surpreendente a cada avanço. A autora fechou um ciclo nesse primeiro livro, mas ainda temos várias perguntas sem resposta e, certamente, muitas surpresas.
A editora Gutenberg caprichou e deixou o livro atrativo de várias formas. Logo na contracapa, há um mapa com figuras sugestivas que envolvem os mistérios da história. Há um brasão imenso na divisão dos capítulos e mais adornos no rodapé. É um livro esteticamente lindo.


O segundo volume da trilogia Grisha "Siege And Storm" (ainda sem título traduzido) deve chegar em terras tupiniquins ainda em 2014 e adivinhem que estou ansiosa?!!

"Sombra e Ossos" é um livro imperdível para que curte fantasia e romance. Vai perder?


20/01/2014

A Desconstrução de Mara Dyer (Michelle Hodkin)

Sabe aqueles livros que você sabe que é bom (afinal, já leu várias opiniões positivas sobre o mesmo pela blogsfera), mas mesmo assim ele consegue se revelar melhor do que você imaginava? Nem te conto que "A Desconstrução de Mara Dyer" é um deles!

Mara Dyer levava uma vida normal... até acordar num hospital e receber a notícia de que foi vítima de uma desabamento onde seus amigos morreram e ela sobreviveu, sendo que Mara não tem a mínima de lembrança de como chegou no local do acidente. Após a tragédia, a família da garota resolve mudar de cidade para ajudá-la a superar seus traumas, contudo, nem os ares do novo lar puderam ajudar Mara. A garota começa a ter visões de seus amigos falecidos e algumas mortes que acontecem na cidade parecem ter conexão com ela.

Como se não bastasse o pânico de achar que está ficando louca, Mara ainda tem que lidar com vários dramas no novo colégio... como o fato de estar potencialmente interessada no bonitão da escola, Noah (MÁQUINA DO AMOR COM SOTAQUE BRITÂNICO) Shaw. Noah é o típico garoto errado, o qual Mara deve manter distância se quiser manter sua pureza intacta e não atrair o recalque das zilhões de ex ficantes do rapaz. Mas quem disse que ela consegue? Além do mais... não é como se Noah fosse indiferente a ela. Boa parte dos melhores diálogos do livro são protagonizados por eles.
- Bem-vinda à coleção particular de Noah Shaw - disse ele.
Encarei todos os livros.
- Você não leu todos.
- Ainda não.
Abri um sorriso.
- Então é uma tática para chamar atenção.
- Como? - Dava para perceber o interesse na voz dele.
- Livros de vaidade - falei, sem olhar para Noah. - Você não os lê de verdade, estão aqui somente para impressionar seus... convidados.
- Você é uma menina cruel, Mara Dyer.
Pág. 177
No fim das contas (isso NÃO é um spoiler pois a informação está na orelha do livro), Noah também se revela alguém... peculiar, e que pode ser a única chance de salvação para o problema de Mara. E como se não bastasse tudo isso, a garota consegue, aos poucos, lembrar-se do que aconteceu na fatídica noite do desabamento! (Pois é... e você aí achando que a sua vida é difícil)

O livro tem três focos principais: a suposta loucura de Mara, a relação dela com Noah Shaw, as lembranças da noite do desabamento. As três histórias são apresentadas de forma sutilmente intercalada e, juntas, sustentam a gama de revelações feitas na reta final do livro. Gostei muito da escrita da Michelle Hodkin, é relativamente leve (considerando o tema do livro) e a leitura flui com uma facilidade enorme! Eu d-e-v-o-r-e-i esse livro! A narrativa oscila entre leve e intensa, mas é um equilíbrio bom, deixa a gente dar uma respirada antes da coisa voltar a ficar esmagadora rsrs e o final do livro é para deixar o leitor estirado no chão, gritando "PRECISO DO LIVRO DOIS"!

"A Desconstrução de Mara Dyer" é o primeiro livro de uma trilogia e está sendo lançado no Brasil pela editora Galera Record, acredito que o segundo livro (The Evolution of Mara Dyer) será lançado aqui ainda no primeiro semestre de 2014 (e o terceiro está previsto para ser lançado em junho/2014 EUA). Fiquei satisfeita que a editora tenha mantido as capas originais, elas são muito lindas!!


Enfim, eu super... super... SUPER recomendo a leitura de "A Desconstrução de Mara Dyer"! E aos que já leram, o que acharam?

Um grande abraço e até a próxima!

Obs: Para maiores informações sobre os livros e a autora, acessem o site oficial.


16/01/2014

Deixa Ela Entrar (John Ajvide Lindqvist)


DEIXA_ELA_ENTRAR

Há mais de seis meses vi uma resenha positiva sobre esse livro e desde então ele não saiu da minha cabeça como algo que precisaria ter em mãos para conhecer e experimentar mais da   literatura sueca, que conheço quase nada. Não que tenha lido toda a resenha, já que recentemente tenho optado por me impressionar com cada detalhe do livro, como o nome dos personagens e o básico da sinopse, então nesse caso preferi ignorar os detalhes sobre a obra. Tem me bastado opiniões dizendo apenas se vale ou não a pena a leitura.

Lançado originalmente em 2004 e trazido para o Brasil em 2013, o livro esteticamente é uma delícia. A capa tem um toque aveludado que é de uma simplicidade linda, a segunda capa em vermelho sangue, as divisões em cinco partes feita de forma drástica com folha preta e com ótima diagramação. Sobre o conteúdo tenho diversas ressalvas, mas acabei achando que o desejo do autor foi despertar sentimentos conflitantes no leitor despreparado para seu livro.

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 O livro com a doce companhia de Pedrinho, que não só segura a página pra que eu ~amadora~ consiga tirar a foto, como também embeleza a imagem ainda mais.

Em vários momentos tive de interromper a leitura, dar um tempo, caminhar, beber água, xingar metade ou mais personagens e me perguntar o porquê de estar torcendo pelo vilão, por cada um dos que apareceram ao longo das 500 páginas do livro. O mérito dessa inquietude é a forma como o autor trata de temas como pedofilia, bullying, violência doméstica e assassinato. Um livro de terror mesmo.

A tradução é feita direto do sueco, o que reduz em muito a possibilidade de variação ou perda de valor do texto se tivesse sido traduzida primeiro para o inglês e desse para o português. Essa “maior fidelidade” do livro me faz pensar que os incômodos que tive com o livro foram culpa do autor e não da tradução. O que chamo de incomodo tem mais a ver com a densidade que o autor cria para o livro e a forma crua e dura com que trata desses assuntos.

É extensamente complicado fazer sinopse do livro, porque ele carrega diversas histórias, com diferentes núcleos e pequenos protagonistas em cada um deles. E em cada parte do livro essas diversas tramas vão se desenvolver ao mesmo tempo, contando seus passados e explicando o presente, apenas dividindo essa temporalidade ao longo dos dias 21 de outubro a 13 de novembro de 1981, em um inverno particularmente castigado de Estocolmo. Pode parecer complicado, mas achei encantador o autor trabalhar com tantas histórias e não me deixar confusa ou perdida em momento algum, nem em cada início de paragrafo.

O assunto? O batido e castigado vampirismo. Contado e recontado, abraçando alguns clichês e por vezes caindo naquele chato lugar comum, mas ainda esses ponto negativos não conseguiram me fazer largar o livro.

Vou apenas citar os dois personagens que, pra mim, são o carro chefe: Oskar, o garoto deslocado, superprotegido e que sofre bullying de forma violenta na escola, guarda desejo de vingança contra os que o maltratam mas mesmo assim tem um bom coração; e Eli, a pequena garota que se muda para o conjunto de apartamentos no pobre subúrbio da cidade e foi ser vizinha de Oskar, dividindo uma amizade através da parede do quarto, com uso de código morse. Enquanto isso várias mortes estão acontecendo na cidade, um assassino ritual tira todo o sangue de suas vitimas e Eli vai visitar Oskar todas as noite, mas da janela pede que ele diga que ela pode entrar.

Um livro forte, que me deixou em conflito, como todo bom terror deve ser.



13/01/2014

Senhoras e senhores, apresentamos: O PA BOOK CLUB!

Saudações terráqueos!
O que vocês acham sobre clube de leitura?
É coisa de outro mundo?! Tsc, tsc. Sente aí e vamos conversar.
As três moderadoras do blog, eu, Lilian e Jujubs, somos de Belém do Pará. Para os que cabularam as aulas de geografia, fica no Norte do Brasil.
Um lugarzinho quente e agradável (na medida que isso não é um paradoxo) onde temos todas as nossas atividades.
Dentre elas, há o PA Book Club (Clube do livro no Pará). 
Desde Abril de 2012, nos reunimos todos os meses para falar sobre um amor em comum: livros.

Alguns dos registros ao longo dos anos
                                                                               
As idealizadoras da brilhante ideia foram Bianne, do blog Garota Pai D'Égua, e Barbara, do blog In Death. Portanto, obrigada, queridas!
O PA Book Club é um evento cheio de significados. Entendam, nem todos tem com quem compartilhar seu amor pela leitura. 
No meu caso, sempre fui incentivada por meus pais, porém... eles não são os leitores mais ávidos do mundo. É aquela história do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço". Eles me compravam gibis, livros infantis e tudo, mas não liam frenquentemente. 
Na escola, tive um pouco mais de sorte. Lá eu tinha mais do que incentivo; um abraço aos professores e amigos que trocavam ideias e me recomendavam livros, por favor. 
Eu sempre tive com quem falar sobre livros, mas nem todos que conheci no grupo tinham essa sorte. 
Gostar de ler e não ter com quem partilhar devia ser um dos cavaleiros do apocalipse.
Para algumas pessoas o PA Book Club é o único lugar onde podemos falar sobre livros sem julgamentos, sem amarras e sem pudor. 
Imaginem a festa! 

Todos os meses nos reunimos em lugares diversos (livrarias, cafés, praças), sentamos e conversamos sobre os livros que foram lidos durante o mês anterior. Eventualmente, o livro que foi falado por alguma pessoa do grupo já é conhecido de outro e assim vamos emendando conversas até ficar muito tarde e somos obrigados a parar. 
Já chegamos a falar até mais de 5 horas ininterruptamente! 

Já saímos até no jornal da nossa cidade. Beijo, mãe!

Não há nenhum tipo de iniciação ou trote (por hora, rs). É simplesmente chegar na roda, quando chegar a sua vez dizer seu nome (e receber um "OI" bem carinhoso, estilo Bookaholics Anônimos) e dar suas impressões sobre o livro que você leu ou gosta ou odeia.
Obviamente, há discordâncias de opiniões entre as pessoas. Ora, somos seres humanos, não? O livro que gosto outras pessoas podem odiar. E nossa, quantas tretas! "Crepúsculo" e "Cinquenta Tons de Cinza" que o digam. 
Tivemos até que criar algumas regras de convivência para não dar em morte; tais como:

  • Desculpe o gosto do coleguinha, mas respeito é fundamental.
  • Quando o spoiler é grande, o santo se irrita. 
  • Bullying demais, caldo estragado. 

Atualmente não temos mais os problemas que tínhamos no começo. O respeito imperou e a compreensão deu lugar a curiosidade e, em alguns casos, até mudanças de opiniões.
É incrível como crescemos. Como perspectivas mudam. Como universos se expandem. 
De dicas em dicas, li livros que anteriormente torcia o beiço e conheci vários outros que sequer sonhava que existiam. Já fiz viagens realmente incríveis sem sair do lugar! 
Todos os meses temos alguém novo no grupo, normalmente porque algum amigo indicou. Aí essa pessoa indica para outro amigo, que indica para outro amigo e assim o grupo vai crescendo. 

Falamos sobre TODOS os tipos de livros. Não existe preconceito literário em nosso meio.
Ah, nem limite de idade. 
Recentemente adotamos a ideia de leituras temáticas. Sendo assim, intercalamos meses onde PA Book Club é livre (cada um fala do livro que quiser) e de tema de livros específicos. Já falamos sobre adaptações para o cinema, terror, distopias, HQs e alguns outros. 
É divertido e estimulante! 

A leitura sempre me proporcionou prazer, mas quem diria que também me proporcionaria amigos incríveis?
O PA Book Club já faz parte da minha rotina e as pessoas maravilhosas que conheci já fazem parte essencial da minha vida. 
Não é apenas um encontro de leitores para falar sobre livros. É um laço que construímos.
Uma iniciativa simples que deu mais do que certo.

Registro do encontro de Janeiro de 2014, realizado no café da FOX. 

Conheço algumas pessoas de outros estados do Brasil que são super curiosos sobre nossos encontros. Quem sabe não pode acontecer um por aí também?
Vocês podem ter mais informações sobre o PA Book Club na página do grupo no facebook, ou por aqui mesmo, afinal, as três moderadoras do blog são integrantes de carteirinha. (Nos conhecemos nos encontros, inclusive.)
Aguardem mais posts relacionados e até a próxima! *Tchau de miss*


10/01/2014

Conhecendo... Super Junior.

Saudações azul safira para ELFs e demais kpoppers dessa comunidade!
Como uma boa ELF, é claro que eu - Juliana Dias, esposa do meu príncipe chinês ZhouMi - TINHA que trazer Super Junior para o universo NTC. Imagino que os desavisados devem estar: ELF?? ZhouMi?? Super Junior?? Calma.. irei explicar tudinho e logo logo essas coisas farão sentido pra vocês. Super Junior parece nome de Tokusatsu mas não tem nada a ver (ou quase rsrs), é com um imenso prazer que venho lhes apresentar uma das minhas bandas favoritas! Vamos lá...


Super Junior é uma banda de Kpop (música pop sul coreana) inicialmente formada por 13 integrantes, foi criada e é dirigida/comandada/produzida/escravizada pela empresa SM Entertainment, e fez o seu debut (primeira apresentação formal de uma banda de kpop) em novembro de 2005 (na verdade, a banda estreou com 12 integrantes, o 13º - Cho Kyuhyun - ingressou 6 meses depois). Com 6 álbuns já lançados (fora os mini álbuns, versões repackage e álbuns de sub-units), hoje o Super Junior tem 11 membros da formação original (sendo que dois estão no exército, sim... a Coreia do Sul é cruel e obriga todos os homens a prestar serviço militar por dois anos), mais dois integrantes de uma das sub-units da banda (Super Junior M).

Sei o que vocês estão pensando: PRA QUÊ TUDO ISSO DE GENTE EM UMA BANDA?
Eu também me fiz a mesma pergunta quando vi um MV (music video) do SJ pela primeira vez, e mesmo a própria SM tava lá suas dúvidas se uma banda tão numerosa daria certo, mas os resultados (apesar de algumas turbulências) não poderiam ser melhores!! Super Junior, hoje, é uma das bandas de kpop mais reconhecidas e consagradas, e uma das poucas a fazer uma verdadeira worldtour, os caras já passaram pela Europa e América do Sul (SIIIIIIM! EU FUI NO SHOW DELES QUE TEVE NO BRASIL... mas isso é assunto para um post futuro).

Toda banda de kpop (a maioria, pelo menos) possui um nome e cor oficial para o seu fandom, o do super Junior é Everlasting Friend (ELF) ♥ e a cor oficial da banda é o azul safira. Essas coisas de fandom e cor é algo muito, MUITO marcante no mundo do kpop, os fãs podem comprar lightsticks da sua banda e, em todos os shows, os fãs fazem um ocean com a cor do seu grupo. Não sei se é porque eu sou ELF, mas o blue ocean do SJ é uma das coisas mais lindas do universo! 
Super Junior realiza shows de vários portes, desde grande (como na foto ao lado, na arena Tokyo Dome do Japão) à pequeno (como foi o do Brasil).

Naturalmente, não me tornei fã da noite para o dia e levei um bom tempo para aprender o nome de todos os integrantes bem como entender a importância e identificar o destaque de cada um na banda. Conforme eu ia conhecendo os integrantes, as músicas, as sub-units... mais eu ia amando Super Junior, ao ponto que eles se tornaram uma das minhas bandas favoritas (não apenas do gênero kpop). Falarei um pouco sobre os integrantes, álbuns, units, turnês e outras coisinhas, claro que nem tudo vai caber só nesse post, mas se você leu até aqui, continue ligado e não deixe de acompanhar as próximas postagens :)

Vamos lá conhecer os integrantes??
Líder: Lee Teuk
A maioria das bandas de kpop possui um líder, normalmente é o integrante mais velho, o líder conduz a banda nos programas, shows e demais aparições públicas, mas ser líder não é apenas isso... e o Teuk é um bom exemplo disso. Ele é como um pai para os membros, cuida muito deles e zela pelo bem estar da banda, observando o comportamento do Teuk, dá pra perceber como ele é esforçado, um verdadeiro exemplo de líder e artista! Suas fãs são chamadas Angels
Teuk foi o que treinou por mais tempo na SM antes de conseguir debutar (os artistas de kpop precisam treinar por muito... MUITO TEMPO MESMO antes de conseguirem debutar). Teuk (Park Jungsoo, seu verdadeiro nome) é dono da covinha mais fofa do universo ELF e, no momento, está afastado da banda por ocasião do serviço militar obrigatório *TODAS AS ELFS CHORAM*

Nota: No dia 6/01/14, Teuk perdeu o pai e os avós em um acidente (os detalhes ainda estão sendo apurados e, aos poucos, divulgados nas fanbases e mídias de kpop). Nós, ELFs, ainda estamos muito abaladas e temos dedicado nossas preces para que Teuk e sua família possam superar a perda. #StayStrongParkJungsoo

Vocal line: Kyuhyun, Ryeowook e Yesung.
Todos os integrantes cantam e dançam, CLARO, mas esses três lindos se destacam por suas maravilhosas vozes e são a vocal line do Super Junior (chegando, até, a formar a sub-unit Super Junior K.R.Y.).


Kyuhyun é o maknae (caçula) do SJ e o membro considerado mais "evil" xD normalmente os maknaes tem que ser fofinhos e respeitar os membros mais velhos incondicionalmente... mas o Kyu é do tipo que trolla geral todo mundo LOL tanto é que sua personalidade maknae-evil-troll e seu jeito desenvolto de se comportar em público lhe renderam cargo de MC (apresentador de programas de TV) no afiado Radio Star, e sua voz DIVINAMENTE MARAVILHOSA (na boa... a voz do Kyu é a minha favorita de todo o kpop) já lhe garantiram vaga em importantes musicais, como Os Três Mosqueteiros. 


Em 2007, a van do Super Junior, a qual estava Kyuhyun, sofreu um acidente e o rapaz quase morreu. Os riscos para salvá-lo foram muito grandes e uma operação poderia comprometer a voz do Kyu para sempre! *SOFRE* mas graças à Deus tudo terminou bem e nosso Kyu voltou todo lindo para a família e para as ELFs ♥ Suas fãs são chamadas Gamers (pois esse moço também é um viciaaaado em games).


Ryeowook também se destacou no mundo dos musicais por sua bela voz, conseguindo o papel de Troy na versão coreana de High School Muscial (teatro). Ele também é MC do programa de rádio Super Junior Kiss the Radio (SUKIRA) e, embora ele já esteja se encaminhando para os seus 30, é um dos membros com aparência mais jovem! Vontade de apertar essa coisinha fofa! Suas fãs se chamam Ryeosomnias.

Yesung, aka Yeye, aka Tortuguita ♥ Se a voz do Kyu é o meu top 01, a voz do Yeye é o meu top 2. Ouvir ele cantando é uma sensação única! Infelizmente, ele também está afastado do SJ por causa do serviço militar, mas as ELFs estamos aguardando (como as boas esposas que somos) pacientemente o comeback glorioso dele! Muitas fãs o chamam de Tortuguita porque ele tem tartarugas de estimação lol Yesung (Jongwoon, seu verdadeiro nome) tem um jeito calmo e meio... estranho eu diria, ele é um dos membros que mais rendem boas risadas nas aparições ao vivo. As ELFs sabem xD Suas fãs se chamam Clouds.

Vejam uma performance do Super Junior K.R.Y. (amo demais essa canção)



Siwon

O que dizer? Siwon é a CARA do Super Junior, impossível pensar em SJ sem pensar no Siwon. Que ele é lindo, maravilhoso, bom moço, cavalheiro, bom cantor, bom dançarino, bom ator, bom TUDO... as ELFs já sabem. Siwon é um verdadeiro poço de talento! Dentre todos os membros, até agora, ele foi o que mais se destacou também na área da atuação, atuando em dramas como Oh My Lady, Athena: Godess of War, Poseidon, Skip Beat e The King of Dramas. Suas fãs são chamadas Siwonnests.

EunHae: Eunhyuk e Donghae


Esses dois... como vou dizer... quando se trata de SJ eles são praticamente indissociáveis rsrs primeiro por serem um couple (não se assustem, mas é muito comum no kpop as fãs "shipparem" os membros entre si), segundo por eles formarem uma sub-unit (EunHae). Eunhyuk (Lee Hyukjae, seu verdadeiro nome) é o dançarino principal do SJ, além de rapper da banda; ele é muito zoado pelos outros membros, que o chamam de feio/anchova/macaco e por ai vai LOL mas ele é um lindo, super divertido e chorão bobão ♥ suas fãs são chamadas Jewels.
Donghae também arrebenta em muitas partes de dança e sua voz é tão linda e fofa! Ele é meio carente e é famoso entre as ELFs, também, por seu inglês nível kids *The Zoeira Never Ends* Suas fãs são chamadas ELFishs.

Vejam um MV dos dois.
Nota: ELFs, eu sei que a cara EunHae é Oppa Oppa style, mas sou completamente rendida a Still You ♥



Kangin

MEU URSÃO LINDO E MARAVILHOSOOOO. Dono de uma voz cálida que curiosamente combina com essa aparência de grandão dele, tem um sorriso que é uma coisa linda de morrer. Esteve ausente de dois álbuns do Super Junior (Bonamana e Mr. Simple) por ocasião do serviço militar, mas retornou para o álbum Sexy, Free & Single com todo o seu esplendor e glória! 
No passado, Kangin costumava ser bastante extrovertido, era um dos membros mais "zoeira" quando o SJ participava de programas de TV, ele também se meteu em algumas confusões e não é segredo pra nenhuma ELF que a ideia dele pro exército veio a calhar pra por um freio nas suas ações tempestuosas (não é que ele tenha feito coisas terríveis, mas a sociedade coreana é MUITO rígida). Mas enfim, são águas passadas, ele voltou "moderado"... mas voltou! todo lindo, talentoso, maduro, carinhoso com as fãs ♥ Aliás, suas fãs são chamadas Camomiles.
Obs: Eu prefiro o Kangin gordinho ♥

Sungmin

Se já fizeram um homem mais fofo e apertável nesse universo... não, acho que não existe, ninguém... NINGUÉM ganha do Sungmin nesses quesitos! Claro que ele não é só um rostinho bonito, Sungmin tem uma voz singular e está construindo uma carreira cada vez mais sólida, também, no ramo dos musicais, chegando a ser protagonista dos consagrados Jack: O Estripador e Os Três Mosqueteiros. Suas fãs são chamadas Vitamins.

Heechul

DIVA é a palavra que define o Heechul, embora ele também seja conhecido como a maior estrela do Universo lol sem dúvida, ele é uma das personalidades mais DIVAS da Coreia! Assim como Kangin, Heechul também já serviu ao exército, mas só voltou a acompanhar o Super Junior no segundo semestre de 2013, quando a banda voltou a fazer promoções do Japão, lançando o mini álbum Blue World. Heechul é aquele tipo que diz o que tem que dizer na cara e ainda sai sambando de salto agulha na face da sociedade, porque ele PODE (divo!). Ele se destaca mais por sua voz do que pela dança, e também possui uma posição relativamente sólida como MC. Heechul é, sem dúvida, um dos idols mais influentes do kpop. Suas fãs são chamadas Petals (nome escolhido pelo próprio Heechul).

Shindong

Primeiro: nunca, na vida, subestime o Shindong, eu sei que à primeira vista é inevitável pensar "o que esse gordo está fazendo aí?" (calma, sem preconceito galera, até porque eu também sou da irmandade dos gordos, respeito a categoria!)... mas em uma indústria onde todos tem que ser magrinhos anoréxicos... ter um integrante gordinho é curioso! E quanto mais conheci o trabalho do Shindong, mais admiro a perseverança dele! Shindong tem uma voz grave muito linda e, junto ao Eunhyuk, comanda os paranauê dos raps do SJ, além disso... ShinShin também é um dos melhores dançarinos da banda! Ele contribui bastante para as coreografias do Super Junior e samba na cara da sociedade que fica de mimimi porque ele é gordo, Shindong chegou para provar que aparência não define talento. (pros outros né? porque eu acho ele um gatinho cremoso ♥) Shindong também atua como MC da rádio ShimShimTaPa :) Suas fãs são chamadas ShinFriends.

Super Junior M : Henry e ZhouMi
Já citei K.R.Y e já citei EunHae... outra sub-unt do Super Junior é o Super Junior M, criado especialmente para promover na China, com músicas cantadas em mandarim. Além de alguns integrantes da formação original, SJM conta com os meus amores Henry e ZhouMi.
Henry é um garoto lindinho e bobo, meio ocidentalizado (pois viveu maior parte da vida no Canadá), cuja voz é uma coisa tãããão delícia que só de lembrar fico nas nuvens! Henry é fluente em vários idiomas e toca instrumentos como piano e violino, seu multi talento foi reconhecido ao ponto de que ele foi lançado, em 2013, também como artista solo da SM. Suas fãs são chamadas Strings.
ZhouMi, meu príncipe chinês de dois metros de altura, meu marido, meu.. ai ♥ ele é apenas... APENAS no meu bias (integrante favorito) do Super Junior, eu já gostava dele e esse amor só se confirmou quando vi aquele sorriso de balançar o coração e ouvi aquela voz maravilhosa AO VIVO no show que rolou no Brasil. Além de cantor, ZhouMi também já atuou em doramas e filmes e já escreveu um livro (siiiiim! um livro!) chamado Thai Perfect, onde ele fala sobre sua visita à Tailândia. Suas fãs são chamadas Honeys ou Mitangs

Vejam o Super M em ação!



Aqueles que já se foram, mas, no coração das ELFs, sempre farão parte da família SJ: Kibum e Hangeng.

Kibum e Hangeng faziam parte da formação original do Super Junior. Kibum saiu da banda para se dedicar , unicamente, à carreira de ator e ainda está vinculado à SM. Hangeng, um dos primeiros chineses a fazer parte de banda de kpop, cortou os vínculos com a SM e hoje segue carreira no seu país de origem, ele cresceu muito, muito mesmo, hoje é considerado uma das personalidades mais influentes da China (inclusive ele está no elenco do filme Transformers 4)! Existem várias controvérsias acerca da saída dos dois, mas não vou me ater nesses detalhes, basta vocês saberem que, ELF que é ELF, vai sempre se lembrar deles!

É isso pessoal, o post ficou bem maior do que eu imaginava, mas consegui apresentar todos os meus oppas. E se alguma ELF leu esse post... conte logo quem é o seu bias (alguma Mitang por aí?? *esperançosa*)!!
No próximo post sobre SJ, trarei mais singles e falarei sobre o show deles no Brasil. Pra concluir, deixo a música Mr. Simple pra vocês sacudirem o esqueleto!


Abraços azul safira!!



07/01/2014

Lolita (Vladimir Nabokov)

"Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta (...)"
Assim inicia-se a história da desenfreada paixão de Humbert Humbert por Dolores Haze (Dolly - Lô - Lola - Lolita), uma menina de 12 anos.
É uma temática polêmica e confesso que fiquei bastante dividida com esse livro. O autor, Vladimir Nabokov, abordou o tema de forma direta, embora... lírica. A narrativa é de uma beleza impressionante; ele nos conta essa história doentia de forma maravilhosa.

Antes de conhecer Lolita, Humbert Humbert, nosso narrador doente (e ele tem plena consciência disso), claramente mostra ao leitor sua predisposição à pedofilia.
Ok, Lolita não é um poço de ingenuidade. H.H. a denomina de "ninfeta" (uma criança por volta dos doze à quartoze anos que seduz homens mais velhos com artifícios de uma mulher madura) e, claro, só quem tem olhos meticulosos perceberia esse fato. Portanto, para H.H. era visível a malícia provocativa de Lolita, apesar de seu natural comportamento tempestuoso.

H.H. casou-se com a mãe da ninfeta apenas para tê-la por perto, mas acabou enviuvando em um tempo curtíssimo, podendo, assim, tomar Lolita para si. Pois com ela "tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo sempre".
A rotina de H.H. e Lolita, por dois anos, foi a estrada. Entre hotéis, passeios, vontades feitas, Lolita o satisfazia. E também é apresentado ao leitor, embora não explícito,  todos os momentos críticos da relação deles.
Entendam, nenhum dos dois personagens centrais nos inspira moralismo. A interação deles é algo interessante de se ler, é possível que o leitor esqueça que Lolita é apenas uma criança algumas vezes, mas H.H. não deixa essa ilusão se firmar, pois sua condição sempre ascende.

A proposta de Nabokov com esse tema ousado desperta no leitor sentimentos diversos. É compreensivo e aceitável a condição de H.H? Será que a ninfeta realmente aprecia o que lhe foi imposto? Apesar de Lolita ser descrita como uma ninfeta, por vezes o narrador nos mostra sua infantil fragilidade; assim como expõe que sua preferência por práticas sexuais estão além de seu controle.

O interessantíssimo e despertador do livro é que H.H. , apesar de seus terríveis atos, nos escreve sobre Lolita com um amor avassalador."Eu te amava. Não passava de um monstro pentápode, mas te amava. Fui desprezível e brutal, e torpe, e tudo o mais, mas je t'aimais, je t'aimais! E houve momentos em que sabia como te sentias, e a consciência disso era um inferno, minha pequena (...)".

Com uma escrita espetacular, Nabokov nos atrai para um universo complexo e nos enche de perspectivas que julgávamos não ter. Quem (como eu) achar a temática pesada e repulsiva, vai ser enredado pela prosa lírica do autor. Narrativa essa conhecida por autorias russas.
"Lolita" é um livro grandioso que nos mostra o lado de dentro da imoralidade doentia, porém involuntária, de H.H. É simplesmente impressionante.
Recomendo muito.